14.2.10

Ontem o centro estava um caos por causa das olimpíadas. Parecia dia de feira da pompéia back in '98 versão esportes. As ruas estavam fechadas pra festa, o pessoal de uniforme vermelho e branco e maple leaf pintada na cara distribuindo abraços e high fives de graça, gente dançando, músicos, mágicos, palhaços e malabaristas pra todo lado. E com essa confusão que acompanharão os jogos olímpicos pelos próximos 15 dias, chegam algumas mudanças temporárias. Uma delas (acho que a principal) é no transporte público.
Saindo da balburdia de downtown, resolvi pegar o onibus que o google maps disse que me levaria até a porta do show (que eu achei muito legal, aliás. As bandas, o filme que passou, o lugar, a mocinha que me deixou entrar de graça...). O motorista virou a primeira esquina depois que eu entrei no onibus, parou e avisou que agora aquele era o ponto final. Eu até pensei em virar e voltar pro skytrain e vir pra casa, mas resolvi continuar andando até o proximo ponto de onibus, vai que passava algum... acabei indo a pé o caminho todo. No meio da caminhada eu me dei conta que aquele pedacinho eram os unicos quarteirões que o pessoal da EF falou que era melhor a gente não ir da cidade inteira.
Na verdade, só parecia um pouco o pedacinho da augusta perto do Vegas a noite, meio decadente e cheio de neon. É, tinha mesmo um ou outro maluquinho no caminho, um ou outro lugar abandonado, meio pixadinho e foi também o único lugar meio fedido, com aquele cheiro de centro de cidade grande, que eu fui até agora (sem contar o ponto de onibus de todo dia que é nos fundos do restaurante asiático, do lado da lixeira e que tem cheiro de peixe podre) aqui em Vancouver. Me identifiquei e até bateu uma saudadinha do caos de verdade de SP.

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