6.2.10

Se em algum momento eu já fiquei na duvida se já tinha visto um corvo de perto, daqueles que fazem o pessoal colocar espantalho nas plantações e ficam nas grades dos cemitérios em filme de medo, agora eu já não tenho mais duvida nenhuma.

Dá pra escutar os gritos deles de dentro do quarto, da sala de aula e por perto de onde eles estão é sempre um cheiro de coisa velha inacreditável. Cheiro de mofo, de gaveta fechada...
Os corvos estão em toda parte e não sei se é coisa de inverno, se vai mudar ou não, mas em muito maior quantidade que os pombos. Aqui pelo subúrbio, aliás, nem pombo tem. É só uma multidão de corvos pra todos os lados e um esquilo ou outro que a gente vê correndo pelos telhados quando olha da janela da cozinha.
No centro, que é mais urbanizado e mais perto do mar, os corvos e pombos dividem espaço aéreo com um trilhão de gaivotas também. E os três pássaros tem um tamanho um tanto intimidador (os pombos daqui parecem mini-galinhas de tão gordos), daquele jeito que faz a gente desviar o caminho ao invés de passar por baixo de onde eles estejam estacionados. Não deve ser nada legal ganhar um cocô desses no casaco pela manhã.

Sem comentários:

Enviar um comentário